Distrito Federal

MOBILIZAÇÃO

Movimentos realizam atividades de preparação para o Grito dos Excluídos no DF, confira agenda

Neste ano, manifestação traz o lema “Todas as formas de vida importam! Mas quem se importa?”

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Ato do Grito das Excluídas e Excluídos realizado em 2021 no DF. - Redação

Neste sábado (31), domingo (1) e segunda (2) acontecem três atividades de mobilização para o Grito dos Excluídos, que neste ano completa 30 anos de luta por direitos.

A Feira da Ponta Norte, na comercial da 216 norte, no Plano Piloto, será o local da primeira atividade, às 10h. No domingo (1º), a partir de 9h, a ação será realizada no evento de comemoração aos 41 anos da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o CUT no Eixo (106 Sul). Já na segunda-feira (2), às 19h, acontece o Seminário Diálogo de Justiça e Paz - Grito das Juventudes. A atividade será realizada no Centro Cultural de Brasília, na Asa Norte.

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No sábado seguinte, 7 de setembro, acontece o ato oficial do Grito dos Excluídos do DF e Entorno na Praça Zumbi dos Palmares, localizada no Setor de Diversões Sul, a partir das 10h. Dali, os manifestantes seguirão para a Rodoviária do Plano Piloto. 

Neste ano, a manifestação traz como tema “Vida em Primeiro Lugar!”, acompanhado do lema “Todas as formas de vida importam! Mas quem se importa?”. As frases são chamados para reafirmar o compromisso em defesa da vida em todas as expressões e provocar reflexão sobre a indiferença da sociedade em relação às múltiplas formas de exclusão.

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O Grito celebra, neste ano, 30 anos de trajetória de luta. Iniciado em 1994, durante a 2ª Semana Social Brasileira promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o movimento ecumênico se firmou como uma voz ativa na defesa dos direitos dos marginalizados e na promoção de uma sociedade mais justa e igualitária.

“Ao longo do tempo, o movimento adquiriu musculatura, ampliou as suas parcerias com centrais sindicais do campo e das cidades, com coletivos. A sociedade, a população brasileira, entendeu o significado do Grito”, afirma Cláudia Regina, presidenta do Centro de Formação e Cultura Nação Zumbi, em São Sebastião (DF). Segundo ela, apesar disso, os desafios e a luta continuam.

“Enquanto houver uma pessoa dormindo ao relento, uma criança sem escola, mulheres sendo assassinadas por machistas que acham que são nossos donos, nós vamos continuar gritando. Enquanto o veneno continuar sendo servido na nossa mesa disfarçado de salada, nós vamos continuar gritando. Enquanto as comunidades quilombolas não tiverem o seu direito à terra respeitado, nós vamos continuar gritando”, defende. 

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Edição: Márcia Silva