No último levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgado no dia 30 de março, o preço médio do litro do etanol no DF estava em R$ 3,51, mas na segunda-feira (1º) diversos postos de combustíveis da capital subiram o preço para cerca de R$ 4. O aumento também incidiu sobre o preço da gasolina que estava, no mesmo período, em cera de R$ 5,49 e agora está em R$ 5,99.
“A organização criminosa responsável por coordenar a máfia dos combustíveis na capital resolveu justificar a alta do preço da gasolina: aumento do etanol. Mentira! Fake news! Fomos atrás e não há aumento do preço do etanol”, afirmou o deputado distrital Chico Vigilante (PT), acrescentando: “Se for preciso, vai ter nova CPI dos combustíveis no DF”.
De acordo com o parlamentar existe propagação de informações falsas sobre o aumento dos combustíveis no DF, que não são justificáveis, pois não houve aumento na Petrobras. “O que existe é uma pífia tentativa de enganar a população com informações falsas. Mais ainda, o cartel está perseguindo aqueles que não correspondem as orientações do Cartel”, denunciou Chico Vigilante.
Por outro lado, o presidente Sindicato dos Postos de Combustível do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), Paulo Tavares, disse que a mudança nos preços do etanol e da gasolina na capital é um reflexo direto dos aumentos praticados pelas distribuidoras de combustíveis. “Os preços são influenciados por diversos fatores, incluindo o preço do petróleo no mercado internacional, preço refinaria, impostos, e claro, o custo do etanol, que é um componente da gasolina no Brasil na proporção de 27% atualmente”, justificou Tavares.
Após as críticas de Chico Vigilante, o presidente do Sindicombustíveis-DF apresentou uma nota à imprensa com uma séria de notas fiscais que apontam elevação no preço do Etanol Hidratado sobretudo entre os meses de março e abril. “Contrariamente ao que foi alegado pelo deputado [Vigilante], os preços do etanol aumentaram recentemente, o que impacta diretamente nos custos para os postos”, declarou Tavares, comentando ainda a possibilidade de CPI: “Não tem problema nenhum, desde que na CPI chame as distribuidoras e os postos que estão fazendo promoções irreais”.
O deputado Chico Vigilante acionou o Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor para denunciar e pedir providências em relação ao aumento no preço dos combustíveis do Distrito Federal e apontou a "a necessidade de instauração de ampla investigação por parte desse Ministério da Justiça, inclusive, se for o caso, com o apoio da Polícia Federal, para a apuração de eventual cartelização do preço dos combustíveis do Distrito Federal". No ofício, o parlamentar destaca que o aumento de preços "sem qualquer justa causa e de forma abusiva".
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Edição: Márcia Silva