O Distrito Federal recebeu do Ministério da Saúde cerca de 30 mil comprimidos de um novo medicamento para o tratamento de pacientes com Aids e HIV. De acordo com informações da Secretaria de Saúde do DF [SES-DF] o volume permitirá o tratamento de aproximadamente 350 pessoas por três meses. 

A chegada dos medicamentos foi comemorada por entidades de promoção e defesa das pessoas vivendo com HIV/AIDS, como Christiano Ramos, presidente da ONG Amigos da Vida. “Essa nova medicação são dois remédios contra AIDS em apenas um comprimido é de fundamental importância para contribuir com a maior adesão ao medicamento antirretroviral e também melhorar a podologia para as pessoas que vivem com  HIV/AIDS e tomam o coquetel”, explicou Ramos. 

Ainda segundo a a SES o medicamento começará a ser entregue até o final deste mês. A terapia de dois comprimidos para um será feita de forma gradual e contínua para pacientes com idade igual ou acima de 50 anos, adesão regular, carga viral menor que 50 cópias/ml no último exame e que iniciou a terapia dupla (dois comprimidos) até o dia 30 de novembro de 2023.

“A Secretaria de Saúde do DF [SES-DF] recebeu esse medicamento nos primeiros dias de janeiro e nós estamos na fase de logística interna para, logo em breve, ser distribuído para as unidades”, afirmou a gerente substituta de Assistência Farmacêutica Especializada (Gafae) da SES-DF, Julia Dantas, acrescentando: “O remédio é um avanço para a população porque traz maior comodidade”.

Boletim Epidemiológico

Segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pela SES-DF, entre 2018 e 2022 foram notificados 3.684 casos de infecção pelo HIV e 1.333 casos de adoecimento por Aids. O coeficiente de mortalidade por Aids no Distrito Federal diminuiu 21,6% em cinco anos – caiu de 3,3 para 2,7 no período. O boletim mostra também redução nos casos de infecção pelo HIV e de Aids: uma queda de 9,8 para 7,3 por 100 mil habitantes.

Em todas as UBSs é possível ter acesso aos preservativos internos e externos – métodos mais conhecidos para evitar a infecção durante o ato sexual –, além de testagem rápida e profilaxia pós-exposição (PEP), utilizada de duas até 72 horas após uma relação sexual desprotegida.

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Edição: Flávia Quirino