A exposição Nem Tão Doce Lar será aberta hoje (16), em Cachoeira, visando suscitar o debate sobre a violência doméstica e familiar. Trata-se de uma mostra itinerante e interativa, que leva para o espaço público uma típica casa familiar, com informações e imagens que denunciam a violência sofrida por mulheres, crianças, jovens, pessoas idosas e com deficiência.
A mostra fica em cartaz em Cachoeira até dia 18, das 9h às 11h e das 14h às 16h, no UBUNTU – Casa de Cultura, Arte e Formação (Praça Maciel, 13). E no dia 19 estará em Salvador, das 8h30 às 16h, na Igreja Presbiteriana Unida (Rua Barão de Cotegipe, 260 – Mares).
Durante a visita, é possível circular por diferentes cômodos da casa, identificar pistas deixadas nos cenários e expor as impressões em uma roda de conversa conduzida pelas acolhedoras e acolhedores que participaram da formação. Há também pequenos cartazes relacionados aos elementos apresentados, nos quais constam informações a respeito dos diversos tipos de violência que podem acontecer no ambiente e convívio doméstico e familiar. A iniciativa além de sensibilizar, propõe métodos preventivos e incentiva a denúncia.
Na Bahia, as atividades também integram as ações alusivas ao 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Além da exposição, a iniciativa conta com oficina de formação para acolhedoras e acolhedores, realizada em Cachoeira no dia 15, e em Salvador no dia 18, nos mesmos locais da exposição.
Público pode interagir com ambiente da mostra que fica em cartaz em Cachoeira, até dia 18, e em Salvador, dia 19 / Divulgação
A mostra nasceu a partir de uma exposição internacional chamada Rua das Rosas, criada pela antropóloga alemã Una Hombrecher, com o apoio da agência Pão para o Mundo (PPM). A proposta inicial, que tinha ainda uma linguagem europeia, foi apresentada em Porto Alegre, de 14 a 23 de fevereiro de 2006, durante a 9ª Assembleia do Conselho Mundial de Igrejas (CMI).
Essa primeira exposição esteve sob a coordenação da Fundação Luterana de Diaconia (FLD), da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e um consórcio de organizações da sociedade civil que atuam denunciando e construindo possibilidades de superação da violência. Posteriormente, a partir de um amplo processo de construção coletiva, a exposição recebeu um enfoque brasileiro.
A iniciativa é da Fundação Luterana de Diaconia (FLD) e nos municípios baianos será realizada em parceria com Koinonia Presença Ecumênica, Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), Articulação de Mulheres Negras no Quilombo Engenho da Ponte, Rede de Mulheres Negras e Igreja Presbiteriana Unida de Salvador. As atividades da Nem Tão Doce Lar na Bahia contam com o apoio do Fórum Ecumênico ACT Brasil e do Programa Global de Gênero de ACT. Além da Bahia, a Nem Tão Doce Lar ainda irá percorrer, neste ano, os estados do Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Pernambuco e Rondônia.
Edição: Gabriela Amorim