Distrito Federal

Greve na Educação

Professores querem equiparação salarial com outras carreiras do serviço público do GDF

Média inicial de salário para carreiras que demandam Ensino Superior é de R$ 8 mil, mas magistério tem média de R$ 5 mil

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Categoria tem mantido atividades de mobilização - Divulgação/Sinpro-DF

Dados da Secretaria de Economia do Distrito Federal de 2022 mostram que o GDF não tem cumprido com a meta 17 do Plano Distrital de Educação (2015-2024).

De acordo com ranking da média do vencimento básico inicial das 39 carreiras de servidores públicos do DF, que demandam Ensino Superior, a carreira do magistério público, composta por professores e pedagogos, ocupa a 36º posição, enquanto assistência à educação ocupa o 38º lugar. 

O texto da meta 17 do Plano Distrital de Educação (2015-2024) diz que é necessário “valorizar os profissionais da educação da rede pública de educação básica ativos e aposentados, de forma a equiparar seu vencimento básico, no mínimo, à média da remuneração das demais carreiras de servidores públicos do Distrito Federal com nível de escolaridade equivalente, até o quarto ano de vigência deste plano”.

Na prática, porém, a remuneração dos professores não está equiparada já que somando todas as carreiras a média inicial é de R$ 8.666,13 e a categoria tem na média de vencimento básico inicial da carreira R$ 5.016,52.

“Nós temos vários motivos para a realização desta greve. Os 18% que vieram e não é 18%, são 6% por ano, não resolvem o problema. No rankeamento das carreiras de nível superior, das 29 carreiras nós estamos em penúltimo lugar, só perdemos para o SAE (Serviço Auxiliar de Educação) que é também na carreira da Educação. Isso é irônico, mas é um projeto deliberado de um governo que no primeiro mandato dizia que um professor deveria ganhar como um juiz e o que a gente vê é o profundo desmonte da educação pública”, afirmou a diretora do Sinpro-DF, Luciana Custódio.

Além dos salários congelados há oito anos, categoria também justifica a greve com turmas superlotadas, desmonte da EJA (Educação de Jovens e Adultos) e do ensino especial, atrasos no repasse do Programa de Descentralização Financeira e Orçamentária (PDAF) e comprometimento das atividades pedagógicas por falta de estrutura e de pessoal.

Mobilização


Professores e orientadores participaram de panfletaço na Rodoviária do Plano Piloto / Foto: Luzo Comunicação/Divulgação

Nesta segunda-feira (15), o Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) realizou um panfletaço na Rodoviária do Plano Piloto com o objetivo de conscientizar a população dos motivos da greve da educação. Além disso, nesta quinta-feira (18) categoria volta a se reunir em Assembleia no estacionamento da Funarte às 9h30.

A greve dos professores do Distrito Federal iniciou no dia 4 de maio e conta com o apoio de entidades sindicais, da CNTE, da CUT e sindicatos de base cutistas, da Associação dos Docentes da UnB, do Sindicato dos Servidores e Empregados da Assistência Social e Cultural do GDF (Sindsasc) e do Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Públicas no Distrito Federal (SAE-DF).

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Edição: Flávia Quirino