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Inflação oficial em Brasília é a quarta maior entre as capitais

Indicador na capital fechou 2022 em 6,26%, acima da média nacional

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Alimentos e bebidas puxaram a inflação do país no ano passado - Agência Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, fechou 2022 com uma taxa de 5,79% acumulada no ano. O índice ficou abaixo dos 10,06% acumulados em 2021, segundo dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na capital do país, o índice fechou o ano passado em 6,26%, acima da média nacional. Trata-se quarta maior inflação anual entre as capitais pesquisadas pelo IBGE, atrás apenas de Rio de Janeiro (6,65%), São Paulo (6,61%) e Salvador (6,29%).

A inflação acumulada em 2022 em Brasília foi puxada principalmente pelos alimentos e bebidas, que tiveram alta de preços de 11,44% no ano. Entre os alimentos em destaque pela alta, está a cebola, com quase 149% de aumento em um ano. Frutas como maçã (43,6%) e mamão (46,6%) também tiveram aumentos expressivos no Distrito Federal ao longo do ano passado.

Também tiveram impacto importante os gastos com saúde e cuidados pessoais, que ficaram 11,05% mais caros. O grupo de despesas vestuário, por sua vez, teve a maior variação anual, com 18,02%.

Ainda em Brasília, os demais grupos de despesa apresentaram as seguintes taxas de inflação no ano: artigos de residência (10,7%), habitação (6,56%), educação (7,23%), despesas pessoais (8,16%) e educação (7,23%).

Cesta básica

No ano passado, a cesta básica ficou mais cara nas 17 capitais brasileiras analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica, que é divulgada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese).

Em Goiânia, o preço da cesta subiu 17,89% em 2022 na comparação com o ano anterior, maior alta registrada pela pesquisa. Em seguida, aparecem Brasília (17,25%), Campo Grande (16,03%) e Belo Horizonte (15,06%).

O valor médio da cesta de alimentos na capital do país fechou o ano em R$ 728,8, o que representa 65% do valor do salário mínimo (R$ 1.212). 

Com base na cesta mais cara do país, que é a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.647,63, ou 5,48 vezes o mínimo de R$ 1.212,00, até dezembro de 2022.

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Edição: Flávia Quirino