Distrito Federal

Resistência

Tradicional escola de samba do DF, Aruc faz 61 anos e lança enredo 2023

Em homenagem ao Dia do Samba, Escola realiza evento que também celebra 63 anos do Cruzeiro

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Aruc no desfile de escolas de samba - Arquivo Agência Brasília

O Distrito Federal é também a casa do samba da resistência. Prova disso é a criação da Associação Recreativa Unidos do Cruzeiro (ARUC), que deu os primeiros passos no gênero em 1960. Ali, a história de Brasília com o samba começou a ser escrita pelos músicos que vinham de outras cidades até atingir uma geração que nasceu e cresceu em meio às rodas de samba no DF.

Dhi Ribeiro nasceu no Rio de Janeiro, se criou em Salvador mas está no cenário do samba brasiliense há pelo menos 25 anos. Com isso, percebeu que o DF já tem características próprias no samba, com músicos, compositores, cantores e grupos que levam o samba de Brasília para o mundo.

“Uma das coisas mais bacanas é o espaço da mulher no nosso samba como protagonistas, instrumentistas, autoras, cantoras como eu, têm cada vez mais o seu espaço garantido nas rodas que se multiplicam pela cidade, e nos palcos. Sou grata aos que lutaram desde o início, fundando escolas de samba, como a minha azulzinha ARUC completando agora 61 anos e todas as escolas que trouxeram as suas influências e experiências, abrindo as portas deste patrimônio brasileiro, para nós no nosso quadradinho maravilhoso", destacou.

A escola foi fundada em 21 de outubro de 1961 por Natal da Portela, uma das principais figuras do Carnaval do Rio de Janeiro e conquistou 31 títulos do carnaval. Superando sua madrinha Portela, está entre as maiores campeãs do Brasil, inclusive ostentando um campeonato entre os anos de 1986 e 1993. A agremiação também atua no esporte, com equipes campeãs no futebol, futsal, handebol e beach Soccer. Hoje faz parte da 2ª divisão do campeonato brasiliense de futebol.

O samba é a expressão máxima dos ancestrais de origem africana e representa a cultura popular brasileira que envolve o povo brasileiro nas transformações sociais desse país.

Para Robson Oliveira Silva, conselheiro de Cultura do Cruzeiro, hoje é um dia muito importante de posicionamento da raça negra. No Brasil é mais uma vez de estarmos juntos e unidos para reivindicar nossos direitos, os direitos dos ancestrais e das gerações futuras. “Viva o samba, sem samba e sem alegria nunca haverá revolução!”, exclama.

 


Foto histórica / Acervo Agência Brasília

Em homenagem ao Dia do Samba, a Aruc comemora os 61 anos da azul e branco do Cruzeiro, os 63 anos da cidade em que nasceu e aproveita para lançar o Samba Enredo de 2023, que conta um período de lutas e resistência popular.

O festejo se estende à legalização da posse do terreno da agremiação com a presença do governador Ibaneis Rocha. Tudo isso com a tradicional Feijoada do Gavião, a Turma da Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, passistas e casais de mestre-sala e porta-bandeira, embalados  pela Carcará, Bateria nota 10 da ARUC.

 

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Edição: Flávia Quirino