Distrito Federal

Teatro

Margarida Alves e Roseli Nunes têm histórias contadas em peça de teatro

Cia Burlesca apresenta espetáculo neste sábado (25) em São Sebastião, região administrativa do DF

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
A peça teatral debate sobre o valor da vida humana diante do valor monetário da terra - Foto: Matheus Alves

"A legítima história verdadeira" é o nome da nova peça de teatro da Companhia Burlesca, que narra as histórias de Roseli Nunes e Margarida Alves, duas mulheres que em locais diferentes do país lutaram pela ocupação e distribuição de terras, pelo direito a viver com dignidade no campo e pelos direitos das mulheres no Brasil.

A exibição acontece gratuitamente em escolas públicas, assentamentos e espaços culturais. Neste sábado, 25, a peça será apresentada às 19 horas, no Espaço Comunal Olaria, Morro da Cruz, em São Sebastião, região administrativa do DF. A entrada é gratuita.

Segundo a diretora da mostra, Patrícia Barros, essa mostra foi pensada especialmente para estes espaços, mas não impede que ocupe uma grande sala de teatro.

"Não estamos na lógica mercadológica. Não entendemos o espectador como consumidor, e sim, como um ator político. Como cidadão. É um espetáculo que vai entreter, mas não é único de entretenimento. Ele vai aguçar questionamentos e apresentar outras perspectivas de vida. Fazer repensar práticas que até hoje são normalizadas, mas que talvez não sejam interessantes para a diversidade que vivemos", diz Patrícia.

Para construir a obra "A legítima história verdadeira" a companhia fez o resgate das histórias de Roseli Nunes e Margarida Alves indo ao encontro das pessoas que conviveram com essas mulheres e caminhando pelos espaços em que pisaram tanto na Paraíba quanto no Rio Grande do Sul.

"O nome da peça é uma fala de um dos entrevistados que conversamos na Paraíba. O áudio inclusive está no espetáculo", conta Patrícia 

A obra convida o espectador a pensar  sobre o valor da vida humana diante do valor monetário da terra. Chama a atenção para a reflexão sobre o uso do solo quanto a estar a serviço de um mercado em que poucos lucram ao invés de servir a manutenção da vida. 

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Roseli e Margarida 

"Roseli e Margarida precisam ter suas histórias conhecidas porque são histórias que não foram contadas. A gente pensa que elas merecem ter suas trajetórias célebres, pois pavimentaram um território para que depois outras mulheres e movimentos pudessem pisar. Elas  abriram caminho", explica Patrícia Barros. 

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Onde está em cartaz

A circulação de "A Legítima História Verdadeira" começou no Acampamento Marielle Franco e seguirá pelas escolas Nova Bethânia, Centrão, São Bartolomeu, e São Francisco. Será apresentada também no Instituto Federal de Brasília e no Espaço Comunal Olaria. A produção conta com o fomento do Fundo de Apoio à Cultura do DF pelo Edital Regionalizado, que contempla a Região de São Sebastião.

A programação completa com as apresentações de todos os espetáculos pode ser acompanhada no perfil do grupo.

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Edição: Flávia Quirino