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Toda mãe deseja um Brasil que protege seus filhos

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"É possível fazer um DF e um Brasil que proteja nossos filhos e filhas. Em outubro, nas urnas, teremos essa possibilidade" - Foto: Vanessa Tutti
A proteção que nós queremos é aquela que garante o direito à saúde, à segurança e à educação pública

Sou mãe da Morgana e do Leonardo. Também sou avó do Romeu e da Maitê. Nunca tive tanto receio em pensar no futuro dos meus filhos e netos. E tenho certeza que essa é a realidade de milhares de mães Brasil afora.

Imagine a dor e o desespero daquelas que se deparam sem um prato de comida para dar àqueles que têm para criar. Hoje, o Brasil tem 19 milhões de pessoas com fome e mais da metade com algum tipo de insegurança alimentar.

Penso ainda em outras milhares de mães, as de jovens negros, que recorrem a qualquer tipo de crença para pedir que seus filhos voltem vivos para casa. O racismo é estrutural. Mas de 2016 a 2020, cresceu ainda mais o índice de jovens negros que estão na mira do assassinato. Segundo o Fórum Brasileiro e Segurança Pública e do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), jovens negros de 10 a 19 anos representaram 80% das 35 mil mortes violentas.

E quantas mães choraram e ainda choram a morte de seus filhos vítimas da Covid-19 aqui no DF e em todo o Brasil? Aliás, mortes essas que poderiam ter sido evitadas se o governo permitisse que a vacina chegasse mais cedo.

No Brasil que desmatou na Amazônia o equivalente a 10,2 mil campos de futebol só nos primeiros oito meses de 2021, e que é o terceiro país com maior uso absoluto de agrotóxicos no mundo, eu e milhares de outras mãe temem não existir mais condições climáticas para que nossos filhos existam.

Essas e todas as outras questões que abalam a segurança de crianças e adolescentes não se reparam com calibres. A proteção que nós mães esperamos é aquela que ampara, que promove justiça social, que coloca comida na mesa e renda no bolso de mães e pais que dão duro para sustentar seus filhos.

A proteção que nós mães queremos é aquela que garante o direito à saúde, à segurança e à educação pública valorizada, para que nossos filhos e filhas possam crescer saudáveis, em liberdade e conscientes dos seus papeis na sociedade.

Não há melhor presente no mundo para uma mãe do que ver seus filhos e filhas felizes. O cenário que hoje nos é imposto impossibilita isso. Mas é possível fazer um DF e um Brasil que proteja nossos filhos e filhas. Em outubro, nas urnas, teremos essa possibilidade.

Sonho que todas as mães do Brasil possam transbordar de alegria e tranquilidade ao pensar no futuro de seus filhos e filhas, não só neste segundo domingo de maio, mas em todos os dias do ano e sempre!

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*Rosilene Corrêa é professora aposentada da rede pública de ensino do DF e dirigente do Sinpro-DF e da CNTE.

**Este é um artigo de opinião. A visão da autora não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato - DF.

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Edição: Flávia Quirino