Distrito Federal

Saúde

DF amplia quarta dose de vacina contra a covid-19 para idosos a partir dos 60 anos

Imunização desse público começará nesta sexta-feira (6)

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Pessoas com 60 anos ou mais já podem tomar a segunda dose de reforço (quarta dose) de vacina contra a covid-19 no DF; é preciso ter completado o intervalo de quatro meses da primeira dose de reforço - Marcelo Camargo/Agência Brasil

Idosos com 60 anos ou mais poderão tomar a quarta dose de vacina contra a covid-19, ou segunda dose de reforço, a partir desta sexta-feira (6) no Distrito Federal. A ampliação do público-alvo foi anunciada em coletiva de imprensa pelo secretário de Saúde do DF, Manoel Pafiadache, na tarde desta quinta-feira (5).

O DF começou a aplicar a quarta dose em idosos com 80 anos no início de abril. Em seguida, ampliou esse público-alvo para pessoas a partir dos 70 anos. Dos 130 mil idosos com 70 anos ou mais que vivem no DF, apenas cerca 48,7 mil tomaram a quarta dose.

Para tomar a quarta dose, o idoso precisa buscar os locais de vacinação, disponibilizados na página da Secretaria de Saúde na internet. É preciso esperar pelo menos quatro meses a partir da primeira dose de reforço.

A pessoa que for receber a quarta dose precisa levar um documento de identidade com foto, CPF e o cartão de vacina. Também é obrigatório o uso de máscara para se dirigir a uma Unidade Básica para a vacinação.

Reforço

A primeira dose de reforço, que está disponível para todos os adultos a partir dos 18 anos, além de adolescentes grávidas, puérperas e pessoas com imunossupressão, ainda tem uma adesão abaixo do esperado na capital do país. A Secretaria de Saúde estima que cerca de 900 mil pessoas, que já tomaram as duas primeiras doses e que já estão aptas a se vacinar com o reforço, até agora não procuraram os postos de imunização. 

Já em relação às crianças, do público que vai dos 5 aos 11 anos, 165,1 mil receberam a primeira dose e 88,7 já aplicaram a segunda dose. Ao todo, o público-alvo estimado nessa faixa etária no DF é de 268 mil pessoas.

Acima dos 12 anos, ainda há 178 mil pessoas que não iniciaram o ciclo vacinal. Outras 120 mil estão com a segunda dose atrasada no DF.   

Segundo o governo do Distrito Federal, já foram aplicadas mais de 6 milhões de doses, sendo 2,5 milhões da 1ª dose, 2,3 milhões da 2ª dose e 1,1 milhão da dose de reforço. Conforme o painel de informações sobre a vacinação contra a covid-19, 83,7% da população completou o primeiro ciclo vacinal com duas doses ou dose única da Janssen.

Outra novidade anunciada durante a coletiva é a redução do intervalo entre a primeira e a segunda doses do imunizante da Pfizer-BioNTech, de 56 para 21 dias. A medida também é válida a partir desta sexta (6) e segue orientação do Ministério da Saúde.

Gripe

Em relação à campanha de vacinação contra a influenza (gripe), a Secretaria de Saúde do DF informou que, até o momento, foram vacinadas 170.713. O número é pouco mais de 10% do público-alvo da campanha na capital brasileira, que soma 1.072.035 pessoas no DF.

A segunda fase da campanha começou essa semana, com a ampliação da vacinação para crianças de 6 meses a menores de 5 anos, população indígena, professores, gestantes e puérperas, caminhoneiros e motoristas de transporte público, além de forças de segurança. 

No último sábado, quando foi realizado o Dia D da vacinação contra a influenza e o sarampo, o DF contabilizou a imunização de 37.204 pessoas. A campanha prossegue até o dia 3 de junho. Em 2021, a cobertura vacinal contra a gripe em Brasília ficou em 67,4%, número muito abaixo do esperado.

Para se vacinar é necessário levar documento de identidade e CPF. Quem tiver cartão de vacina também pode levar o documento para atualizar a imunização. O uso da máscara é obrigatório nos postos de vacinação.

De acordo com o Ministério da Saúde, quem tem mais de 12 anos pode tomar a vacina contra a gripe (influenza) em conjunto com outros imunizantes, incluindo as vacinas contra a covid-19. Já crianças de 5 a 11 anos devem aguardar intervalo de 15 dias.

Dengue

Em relação ao surto de dengue que ocorre no país, incluindo o DF, secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Pedro Zancanaro, afirmou que o pico das infecções ainda deve ocorrer entre a primeira e a segunda quinzena de maio, quando o DF atinge a vigésima semana epidemiológica. “Ainda não chegamos no pico dos casos de dengue, e a gente tem a expectativa de chegar nos próximos dias, mas estamos preparados”, informou. 


Cerca de 97% dos focos do mosquito transmissor da dengue estão nas casas das pessoas e apenas 3% em áreas públicas, segundo a Secretaria de Saúde do DF / Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

No balanço mais recente, divulgado no final de abril, haviam sido notificados 33.886 casos suspeitos da dengue, dos quais 30.955 eram prováveis no Distrito Federal. Durante o mesmo período de 2021, eram 8.859 haviam sido tratados como suspeitos, com 5.780 prováveis.

O secretário Manoel Pafiadache pediu empenho da população no combate aos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue, porque, segundo dados oficiais, cerca de 97% dos focos estão nas casas das pessoas e apenas 3% em áreas públicas. "E aqui a gente solicita um apoio da população, para um minuto da dengue, revisar seus quintais, potes de flores, lixos, enfim", disse.

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Edição: Flávia Quirino