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Central: rapper GOG fala sobre trajetória musical e o papel do hip hop na construção política

“O rap nacional é transformador e revolucionário”, reflete o cantor e compositor que tem mais de 45 anos de carreira

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Acompanhe o programa de segunda a sexta-feira, às 19h45, por TVs e rádios comunitárias e educativas de todo o país - Foto: Bruno Gustavo
O rap nos ajuda a colocar no papel tudo o que nos silenciaram um dia e que ainda tentam silenciar

O programa Central do Brasil desta sexta-feira (22) recebe o rapper Genival Oliveira Gonçalves, conhecido como GOG. Considerado um dos percursores do hip hop no Brasil, GOG nasceu em Sobradinho, no Distrito Federal, e soma mais de 45 anos de carreira. Entre suas composições mais famosas estão o "Brasil com P" e "Brasília Periferia", que abordam racismo, desigualdade social e violência policial contra a população negra.

"O hip hop salva vidas, ele traz o senso crítico e faz a gente ir além da letra da música. É preciso ir além da letra. Ali no final dos anos 80 e início dos anos 90, éramos uma geração silenciada e silenciosa, então o rap nos ajudou a traduzir o que vivíamos no dia a dia", relata.

O artista também reflete sobre os principais temas tratados no gênero musical e a importância de reconhecer essas obras no Brasil.

"Considero o hip hop um movimento cultural de esquerda. Então denunciamos a abordagem policial com a população negra, a desigualdade social e, principalmente, o racismo estrutural, porque talvez, esse racismo seja um dos problemas que mais machucam a pátria brasileira. A esquerda ainda discute pouco o legado e a importância do hip hop para o Brasil, porque o rap e hip hop são políticos", avalia.

E tem mais!

Diante da crise econômica, social e política no Brasil, os Comitês Populares de Luta têm construído debates com o povo sobre um projeto popular para o país em um ano de eleições decisivas. No tradicional Giro de Solidariedade do quadro Trilhos do Brasil, você acompanha as experiências solidárias que vários comitês têm realizado nos estados brasileiros.

Fechando esta edição, a Parada Cultural traz o lançamento do livro "A vida me ensinou a caminhar", escrito por MV Bill.  A obra reúne crônicas sobre a trajetória de um dos protagonistas do rap e dos movimentos sociais no Brasil. Em primeira pessoa, o músico resgata sua história, que se mistura com o cotidiano do país, honrando a sua essência de eterno “cria” da comunidade Cidade de Deus, no Rio de Janeiro.

O Central do Brasil é exibido de segunda à sexta, às 19h45, pela TVT-SP, emissoras públicas e comunitárias de todo país e pelo Brasil de Fato nas redes sociais

Sintonize

Para acompanhar o Central do Brasil, basta sintonizar a TVT em uma antena digital, interna ou externa. Na grande São Paulo, o canal é o 44.1 (sinal digital HD aberto); na NET o canal é o 512 (NET HD-ABC); no UHF, a sintonia é 46; 13 na NET-Mogi; e Canal 12 na Vivo São Caetano do Sul.

A sintonia da Rádio Brasil Atual é 98,9 FM na Grande São Paulo. Também é possível acompanhar a programação radiofônica pelo site do Brasil de Fato.

Quem está fora de São Paulo, pode sintonizar a TVT com a parabólica, via satélite. É necessário direcionar a antena para StarOne C3 Freq: 3973 Mhz Pol: Vertical, DVB-s2; SR: 5000 FEC ¾. Confira mais informações neste link.

Dados da menor estação receptora

Antena: Embrasat modelo RTM 2200Std
Focal-Point
Diâmetro 2,2m
Ganho de recepção no centro do Feixe (Dbi) 37,5
G/T da estação (dB/K) 18,4

 

 

Edição: Raquel Setz