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DF: após janela partidária, saiba quem mudou de sigla para disputar eleições

Dois senadores, três deputados federais e 11 distritais trocaram de partido na capital

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), a janela partidária movimentou 11 mudanças de legenda para a disputa eleitoral em 2022 - CLDF/Divulgação

A janela partidária terminou no último dia 1º de abril. O período ocorre em todo ano de eleição, e termina a seis meses da realização do pleito.

É a oportunidade que parlamentares têm de mudar de sigla sem ter o risco de perder o mandato por infidelidade partidária, já que, pela legislação, os mandatos conquistados em eleições proporcionais (deputados e vereadores) pertencem ao partido e não aos candidatos eleitos.

No Distrito Federal, a reconfiguração das forças políticas foi significativa. Ao todo, dois dos três senadores e três dos oito deputados federais mudaram de partido com vistas à disputa eleitoral de outubro. Na Câmara Legislativa (CLDF), dos 24 deputados, 11 mudaram de partido para tentar concorrer a reeleição ou a outros cargos. 

A seguir, veja como ficou a nova composição de forças partidárias no DF e os possíveis cargos em disputa. 

Câmara dos Deputados

Da bancada de deputados federais do DF, três mudaram de partido aproveitando a janela partidária. A deputada Bia Kicis saiu do Partido Social Liberal (PSL) para o Partido Liberal (PL), o mesmo partido para o qual migrou o presidente Jair Bolsonaro. Kicis deve tentar uma reeleição como deputada federal. 

O deputado Luís Miranda, que estava no antigo Democratas (DEM) - atual União Brasil (fusão DEM/PSL) - se filiou ao Republicanos de São Paulo. Ele mudou o domicílio eleitoral para disputar uma nova vaga de deputado federal, mas agora por outro estado.

Por fim, o professor Israel Batista, que estava no Partido Verde (PV), se filiou ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Ainda não está definido para qual cargo ele deve disputar as eleições. 

Senado Federal

Entre os senadores da bancada do DF, dois mudaram de sigla. Leila Barros deixou o Cidadania e se filiou ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). Pré-candidata a governadora, Barros deverá ser o palanque do presidenciável Ciro Gomes (PDT) na capital do país.

José Antônio Reguffe deixou o Podemos e acertou sua filiação com o União Brasil. Ele também aspira disputar o Palácio do Buriti. Já o senador Izalci Lucas permaneceu no PSDB, partido presidido por ele no DF. Ele também é pré-candidato a governador.

CLDF

Na Câmara Legislativa, a janela partidária movimentou quase a metade dos 24 deputados distritais. Após as trocas, o PL se tornou a sigla com o maior número de deputados em exercício filiados.

Roosevelt Vilela, que saiu do PSB; Reginaldo Sardinha, que se desfiliou do Avante; e Agaciel Maia (ex-Republicanos) engrossaram a bancada do PL, que já contava com Daniel Donizet. Com isso, tornou-se o partido com mais parlamentares na Casa Legislativa local. Todos eles devem disputar reeleição. 

O deputado Claudio Abrantes, que estava no PDT, se filiou ao Partido Social Democrata (PSD) para tentar renovar o mandato. Jorge Vianna, que estava no Podemos, e Robério Negreiros, que já estava no PSD, agora formam a mesma bancada, que junto com Abrantes soma três mandatos. Vianna e Negreiros devem tentar reeleição também. Júlia Lucy, que era do Partido Novo, se filiou ao União Brasil e deve disputar para deputada federal. A legenda já contava com Eduardo Pedrosa, formando uma bancada de dois distritais.

A distrital Jaqueline Silva deixou o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e se filiou ao Agir (antigo PTC). Também deve disputar a reeleição. O deputado José Gomes trocou o PTB pelo PP, que agora tem dois parlamentares na bancada. 

O deputado Leandro Grass já havia mudado de partido bem antes do fim da janela partidária, trocando a Rede pelo PV. No momento, ele é pré-candidato a governador. O deputado Reginaldo Veras trocou o PDT pelo PV, e pode disputar uma vaga de deputado federal. Iolando saiu do Partido Social Cristão (PSC) e migrou para o MDB. O partido agora conta com uma bancada de três deputados, já que Rafael Prudente, presidente da CLDF, e Hermeto Neto se mantiveram filiados à legenda. Os três emedebistas devem tentar um novo mandato na CLDF.

Outros deputados se mantiveram em seus partidos para disputar novo mandato ou outro cargo. É o caso de Valdelino Barcelos (PP), Martins Machado (Republicanos), José Gomes (PTB), Fábio Félix (PSOL), Fernando Fernandes (Pros), Rodrigo Delmasso (Republicanos), Chico Vigilante (PT). A deputada Arlete Sampaio permanece no PT, mas não disputará a reeleição. 

Veja como ficaram as bancadas partidárias na CLDF:

PL - 4 deputados
MDB - 3 deputados
PSD - 3 deputados
PT - 2 deputados 
União Brasil - 2 deputados
Republicanos - 2 deputados
PV - 2 deputados
PP - 2 deputados  
PSOL - 1 deputado
Agir - 1 deputada
Pros - 1 deputado
Avante - 1 deputado 

Os partidos PSB, Rede, Novo e PSC deixaram de ter representantes eleitos na CLDF, após a janela partidária deste ano.

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Edição: Flávia Quirino