Distrito Federal

Demarcação Já

Mobilização indígena denuncia política de violação contra povos originários

Indígenas realizam série de atividades, como marchas, plenárias, reuniões e cine debate; confira a programação

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
A demarcação de terras indígenas é uma das principais reivindicações da 18ª edição do ATL. - Foto: Kauê Teren

Cerca de 6 mil indígenas, de todas as regiões do país, se reúnem em Brasília para a 18ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL). Com o tema “Retomando o Brasil: Demarcar Territórios e Aldear a Política”, o evento teve início no dia 4 de abril e vai até a quinta-feira (14).

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Acampados no espaço do “Centro Ibero-americano de Culturas”, antiga Fundação Nacional de Artes (Funarte), os manifestantes denunciam a política anti-indígena do atual governo, que atenta contra as vidas e os territórios dos indígenas de todo o Brasil. Além disso, acompanham a votação de projetos no Congresso Nacional que violam os direitos dos povos originários, como o Projeto de Lei 191/2020, que abre as terras indígenas para a mineração.

Em dez dias, os indígenas vão realizar uma série de atividades, como marchas, plenárias, reuniões e cine debate.

Na tarde desta quarta-feira (6), os integrantes de 172 povos marcharam na Esplanada dos Ministérios em defesa da demarcação de territórios indígenas. A Marcha ‘Demarcação Já’ passou pelo Congresso Nacional e se encerrou no Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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De acordo com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), a demarcação de terras indígenas é uma das principais reivindicações da 18ª edição do ATL. A APIB destaca ainda que a tese do Marco Temporal, que restringe o direito das comunidades às terras que tradicionalmente ocupam, deve ser julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em junho de 2022 e “é repudiada pelos povos indígenas que apontam a tese como inconstitucional”.

Plenária

Na manhã da quinta (7), a programação começa com um debate sobre “O presente e futuro da saúde indígena” e para encerrar as atividades do dia, a discussão será sobre os “Sistemas de produção e economia indígena.

No sábado, dia 9, os participantes promovem uma grande mobilização contra os retrocessos à população indígena. No encerramento, dia 14, será discutida uma “Aliança dos movimentos sociais para fortalecer a luta indígena”.

Confira a programação do ATL 2022:

07.04

8h | #LutaPelaVida - O presente e futuro da saúde indígena

14h | Plenária: #IsoladosOuDizimados - Pelas vidas dos "Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato"

16h | Plenária: #LutaPelaVida - Sistemas de produção e economia indígena.

08.04

Nossas Vozes Ancestrais Retomando o Brasil: Demarcar Territórios e Aldear a Política.

#IndígenasMulheres

9h30 | Retomando o Brasil: Vozes Diversas das primeiras Brasileiras

11h | Demarcar Territórios: Nossos corpos Territórios no Reflorestamentes

13h30 | Ritual abertura da tarde

14h | Aldear a Política: Nós pelas que nos antecederam, nós por nós e nós pelas que virão

15h30 | Caravana das Originárias

20h | Noite Cine Debate

09.04

9h | #EmergênciaIndígena - Mobilização nacional dos movimentos

10.04

#ATL18anos - Reuniões de alinhamento das regionais para a 2 semana do ATL

11.04

9h | Plenária: #JuventudeIndígena - O futuro é agora. Plenária da juventude indígena

14h | Plenária: #IndígenasLGBTQIA+ - Diversidade indígena e a nossa força ancestral

12.04

#CampanhaIndígena

13.04

8h | #EducaçaoIndígena - O sistema Nacional de Educaçao e a Educaçao Escolar Indígena

10h | #EducaçaoIndígena - A Lei de Cotas na Educaçao e o Programa Bolsa Permanência

14.04

9h | Plenária #LutaPelaVida | Aliança dos movimentos sociais para fortalecer a luta indígena

14h | Plenária de encerramento ATL 2022

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Edição: Flávia Quirino