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Educação

Professores preparam paralisação no dia 24 de março

“A educação é sempre tida como bandeira de campanha, mas infelizmente tem sido esquecida”, aponta dirigente sindical.

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
O Sindicato dos Professores no DF (Sinpro-DF) destaca que a categoria tem tido intensas perdas em relação ao salário e ao vale-alimentação. - Foto: Deva Garcia/Sinpro-DF

Professores e orientadores da rede pública de ensino vão paralisar as atividades na próxima quinta (24). O Sindicato da categoria convocou uma Assembleia Geral para discutir, junto aos profissionais da educação, a segurança sanitária no ambiente escolar devido à pandemia de covid-19, projetos como homeschooling, desmonte da Educação de Jovens e Adultos e desmonte da educação inclusiva,  além da “voucherização” do ensino, militarização das escolas e recomposição salarial.

A Assembleia está marcada para começar às 9 horas, em frente ao estacionamento da Funarte, na região do Plano Piloto, em Brasília (DF).

Em nota, o Sindicato dos Professores no DF (Sinpro-DF) destaca que a categoria tem tido intensas perdas em relação ao salário e ao vale-alimentação, “os quais estão há 7 anos congelados em razão, principalmente, dentre outros motivos, da Emenda Constitucional nº 95/2016, que instituiu um novo regime fiscal”, conhecido como teto de gastos.

Nesse sentido, a diretora da entidade, Luciana Custódio, defende maior atenção e valorização dos profissionais da rede de ensino do DF.  “A educação é sempre tida como bandeira de campanha, mas infelizmente tem sido esquecida”, aponta.

Em reunião realizada no dia 21, entre o Sinpro-DF e o governador Ibaneis Rocha (MDB), a entidade sindical cobrou urgência à recomposição salarial da categoria, bem como da necessidade de cumprimento do Plano Distrital de Educação (PDE), que equipara o vencimento básico de professores e orientadores educacionais à média da remuneração das demais carreiras de servidores públicos do DF com nível superior.

Aumento de demanda

Custódio relata ainda que houve um aumento significativo no número de matrículas para as escolas públicas e que não houve preparação de pessoal e nem de estrutura para a nova demanda.

“Nós tivemos na rede mais de 27 mil matrículas novas e isso não veio associado com um preparo durante a pandemia, tanto à estrutura, como convocação de professores”. De acordo com a dirigente, embora o GDF tenha atuado na contratação de trabalhadores temporários, “há uma carência de profissionais” nas escolas. A categoria requer também a realização de concurso público para profissionais do magistério e da carreira de assistência.

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Edição: Flávia Quirino