Com a participação de mais de 5 mil pessoas, de todas as regiões do país, a 2º Marcha das Mulheres Indígenas acontece desde o dia 7 de setembro, em Brasília.
Na programação da mobilização, estava prevista para a manhã desta quinta-feira (9) a realização da marcha oficial do movimento. No entanto, sob a ameaça de ataques de grupos pró-Bolsonaro, a coordenação da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga) decidiu remarcar a atividade para amanhã, dia 10.
Em nota, a Anmiga destaca que a decisão tem como objetivo garantir a vida das mulheres, anciãs, jovens e crianças presentes, na mobilização.
“Grupos extremistas, fascistas, armados, muitos identificados com camisetas escrito Agro seguem invadindo a Esplanada dos Ministérios, com olhares coniventes do governo do GDF (Governo do Distrito Federal) e em apoio a Jair Bolsonaro. Em virtude disso, a Esplanada está bloqueada”, aponta o documento.
A entidade ressalta que todos os olhos do mundo estão voltados hoje para o Brasil. “A imprensa nacional e internacional está acompanhando a nossa mobilização, repercutindo em todo o mundo a nossa luta e o que pode acontecer. Jamais aceitaremos que nossas mulheres e povos sejam submetidos novamente a tamanha violência! Esses capítulos são páginas de um passado, que estamos reescrevendo com a nossa luta, a partir do chão dos nossos territórios. A II Marcha das Mulheres Indígenas sairá amanhã do nosso acampamento, para as ruas, com nossos corpos e nossas vozes ecoantes na luta por justiça, por liberdade e pela demarcação de nossas terras sagradas ancestrais”.
Edição: Flávia Quirino