Rio Grande do Sul

Violência doméstica

Violência e abuso sexual contra crianças serão foco do encerramento de websérie

Último episódio do "Confessionário - relatos de casa" terá relato pessoal e debate com especialistas

Brasil de Fato | Porto Alegre |
O tema da violência e abuso sexual contra crianças será tema de episódio com relato pessoal e live com especialistas - Reprodução

O tema da violência e do abuso sexual contra crianças será debatido no encerramento da terceira temporada da websérie "Confessionário - relatos de casa". Nesta segunda-feira (26), às 19h, vai ao ar no YouTube o último episódio da temporada da série, trazendo a atriz Juçara Gaspar, que vai trazer um relato pessoal de abuso infantil. Apesar de sofrer o abuso com apenas 10 anos, ela só conseguiu quebrar o silêncio e compartilhar sua dor com a família há cerca de três anos.

O episódio 9 (último da 3ª temporada) fica disponível às 19h desta segunda-feira (26), no canal do Confessionário no YouTube. Na terça-feira (27), às 19h, ficará disponível também no Instagram e Facebook do projeto. Os demais episódios já lançados permanecerão disponíveis.

Também nesta segunda-feira, após o episódio, às 20h, vai ao ar a live “E os Filhos, Como Ficam?”. Neste programa, a atriz e diretora Deborah Finocchiaro explora o tema dos filhos vítimas da violência doméstica.

Além da questão das agressões físicas e sexuais, será abordada a polêmica Lei de Alienação Parental. Advogadas, psicólogas e coletivos de mães têm apontado casos em que essa legislação é usada para silenciar mulheres e beneficiar homens.

Foram convidadas para debater o tema a diretora do Sintrajufe-RS e cofundadora do "Coletivo de Proteção à Infância Voz Materna", Alessandra Andrade; a doutora em Psicologia Social Cris Bruel; a cofundadora e vice-presidente do Instituto Maria da Penha, Regina Célia Barbosa; a advogada e mestre em Direitos Humanos, Rubia Abs Cruz; e a fundadora e coordenadora do Coletivo de Proteção à Infância Voz Materna, Sibele Lemos.

Importância dos temas

Sobre o tema tratado no episódio da série (abuso infantil), a atriz Juçara Gaspar afirma que é necessário romper o silêncio. “A gente afasta essas memórias. Mas quanto mais tu te encara a frio, mais tu te liberta, mais tu consegue falar, mais quebra o silêncio, mais fica forte e consegue, inclusive, fortalecer outras, ou auxiliar no fortalecimento de outras”, afirma a atriz em seu depoimento.

Consciente da dificuldade que as vítimas têm em elaborar a violência sofrida, Juçara valoriza a criação da Lei Joanna Maranhão, aprovada em 2012. A legislação estabelece que o prazo de prescrição de abuso sexual de crianças e adolescentes seja contado a partir da data em que a vítima completa 18 anos. 

Sobre a questão dos filhos vítimas de violência sexual e a Lei de Alienação Parental, a produção do programa lembra que esta lei é inspirada em um conceito criado pelo psiquiatra norte-americano Richard Gardner, chamado de Síndrome de Alienação Parental. 

"Segundo o médico, um genitor poderia (especialmente a mãe), por motivos de vingança, macular a imagem do outro para a criança, inclusive criando falsas memórias de violência. Essa situação, segundo ele, poderia trazer graves consequências psíquicas e comportamentais para a vítima. A teoria de Gardner, que é perito judicial, foi usada na defesa de mais de 400 casos contra pais, professores e membros de organizações religiosas acusadas de abusos sexuais e de pedofilia", lembra o texto de divulgação da live.


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Edição: Marcelo Ferreira